Tratamento secundário – filtro biológico, polimento, biofilme
Chegamos ao tratamento secundário e com ele um desafio: se os microrganismos estão com boa saúde e dispõem de tempo suficiente pra fazerem seu trabalho, isso significa que o efluente que sai do digestor já pode ser descartado no ambiente? O que você acha?
Bem… a resposta é NÃO!
Ao sair da primeira câmara boa parte dos materiais já foi degradado e os nutrientes liberados, mas ainda não estão com qualidade boa o bastante para serem lançados no meio ambiente.
Isso significa que ainda há boa concentração de matéria orgânica, nutrientes e sólidos dissolvidos no efluente, sendo necessário diminuir sua quantidade. Sobretudo, diminuir a quantidade de micro e macro organismos potencialmente patogênicos (que podem causar doenças).
O efluente passa então por uma segunda câmara, um filtro biológico, local preenchido com materiais como pedras britas, anéis plásticos, bambus, etc.
Esse material serve como suporte para os microrganismos se fixarem, formando um biofilme, uma cama de microrganismos.
E continua o banquete...
Ao passar pelo biofilme, os microrganismos vão se alimentar e retirar os nutrientes ainda presentes no efluente.
Além disso, o material filtrante vai reter boa parte dos sólidos que ainda chegam nessa segunda câmara.
O filtro biológico, no entanto, é apenas uma das possibilidades de tratamento secundário e, dependendo do arranjo, área disponível e localização, as lagoas de estabilização, lagoas facultativas e lagoas de maturação são outras alternativas.
Agora sim, após essa segunda etapa, o efluente já está em melhores condições para um polimento final ou descarte adequado no ambiente.
No entanto, esse descarte deve ser feito de maneira segura, então fique até o final para aprender como fazê-lo.
Estamos quase lá! Para saber mais, continue para “Tratamento terciário”.